terça-feira, 7 de novembro de 2017

Sem Fronteiras Sem Limites


ANDREIA MARTINS
Fundadora da Associação Solidariedade Sem Fronteiras

Contextualizando, em 2011 implementei em Penamacor uma Loja Social de forma a minimizar a pobreza e exclusão social do concelho. Esta iniciativa envolve uma intervenção direta em mais de 12 freguesias. No desenho deste projeto sempre foi importante a participação do indivíduo de forma a alcançar a resolução dos seus problemas, pois acredito que só assim conseguimos promover a mudança social.

Neste âmbito e ao longo destes tempos tenho vindo a analisar e a estudar a intervenção das lojas socais a nível nacional e, na verdade, por um lado verifica-se a melhoria da qualidade de vida da população em situação de pobreza e exclusão social, por outro lado e, infelizmente, verifica-se, por vezes, em localidades onde existe mais do que uma loja social ou mais que uma instituição que doa a mesma tipologia de artigos/bens aos mesmos agregados familiares, novos problemas. Refiro-me à acumulação, à desvalorização dos bens, à desresponsabilização e à dependência!

Note-se que não digo que isto é a regra, mas a verdade é que está a acontecer e, desse modo, é importante que estejamos atentos e possamos, na verdade, resolver os problemas existentes e evitar o aparecimento de novos problemas sociais.

Tendo como base todas estas questões surge a implementação da Loja de Trocas, inaugurada no dia 25 de Maio na Liga dos Amigos do Bairro dos Penedos Altos, Covilhã. É uma loja que facilita o acesso/aquisição de bens a famílias/indivíduos em situação de pobreza e exclusão social e aos associados, através da implementação da própria moeda social "LAPAS". De forma mais concreta, as famílias/indivíduos em situação de pobreza e exclusão social em acompanhamento pelo Gabinete de Apoio Social da Lapa têm direito a um crédito mensal em "Lapas" para "comprar" os artigos que necessitam (vestuário, calçado, artigos para casa, brinquedos, entre outros), crédito este que é ponderado mediante o escalão de necessidade e a composição do agregado familiar, entre outros critérios. Porém, se eventualmente necessitarem de mais créditos, é possível obtê-los com a troca de horas de trabalho na instituição.

Pensando na sustentabilidade do projeto, os associados da instituição com as quotas em dia podem também adquirir artigos na nossa loja, sendo que para tal podem trocar "sacos" de roupa por "Lapas" e/ou doar x euros por x "Lapas", o que lhes irá permitir a aquisição dos artigos na loja de trocas.

É importante realçar que este projeto foi desenhado com base na essência do que são as lojas sociais, com uma fórmula inovadora que visa responder de forma sustentável aos novos desafios e problemáticas, sensibilizando assim os cidadãos para o valor dos bens, nomeadamente os bens usados, isto com o intuito de promover uma mudança de mentalidades, promovendo o aproveitamento e a reutilização dos bens, proporcionando às famílias/indivíduos uma melhor gestão no orçamento familiar através da racionalização dos custos e definição das prioridades, atenuando de certa forma alguns comportamentos consumistas. Consequentemente, este projeto contribui também para a consciencialização e implementação de boas práticas no âmbito da responsabilidade social e ambiental.

Em suma, o projeto apresentado é recente mas permitam-me dizer, o mesmo está a ser um êxito visto que neste curto espaço de tempo já se verifica uma maior valorização dos artigos, uma maior responsabilização e, acima de tudo, evidenciam-se mudanças de comportamento, atitudes e mentalidades no dia-a-doa. Termino deixando o convite para uma visita a este projeto.
Até breve.

(Informação retirada na Visão Solidária)


Missão

Objectivos:
Organizar e executar actividades de tempos livres; b) Apoio a idosos; c) Inserção e reinserção social; d) Prevenção das toxicodependências; e) Promover a educação /formação como um direito inalienável da população em geral, entendido como um instrumento de emancipação que permita promover em permanência o desenvolvimento pessoal, a coesão cultural e social e a participação cívica; f) Desenvolvimento local; g) Apoio à Juventude; h) Interculturalidade e Dimensão Europeia; i) Economia e Empreendorismo Social; j) Elevar a visibilidade das boas práticas nestes domínios, identificar e debater problemas comuns e analisar, propor estratégias nacionais, regionais e locais visando o desenvolvimento da educação/formação da população em geral através de sessões públicas, seminários e colóquios; k) Estabelecer intercâmbios com associações, universidades e organismos nacionais ou estrangeiros que prossigam os mesmos objectivos; l) Contribuir para a criação de condições que garantam o acesso universal dos cidadãos às tecnologias da informação e da Comunicação; m) Incentivar o envolvimento da comunidade nacional, regional, ou local na construção da Sociedade da Informação; n) Promover uma cultura centrada na educação e na formação ao longo da vida, contribuindo para incrementar e melhorar o acesso à informação e aos serviços, maximizando e qualificando o emprego e a inclusão social; o) Promover em conjunto com outras entidades públicas e privadas, a inclusão das pessoas com necessidades especiais e de grupos socialmente desfavorecidos; p) Apoio à família;


(Informação retirada da página de Facebook)

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