ANDREIA MARTINS
Fundadora da Associação
Solidariedade Sem Fronteiras
Contextualizando, em 2011
implementei em Penamacor uma Loja Social de forma a minimizar a pobreza e
exclusão social do concelho. Esta iniciativa envolve uma intervenção direta em
mais de 12 freguesias. No desenho deste projeto sempre foi importante a
participação do indivíduo de forma a alcançar a resolução dos seus problemas,
pois acredito que só assim conseguimos promover a mudança social.
Neste âmbito e ao longo destes
tempos tenho vindo a analisar e a estudar a intervenção das lojas socais a
nível nacional e, na verdade, por um lado verifica-se a melhoria da qualidade
de vida da população em situação de pobreza e exclusão social, por outro lado
e, infelizmente, verifica-se, por vezes, em localidades onde existe mais do que
uma loja social ou mais que uma instituição que doa a mesma tipologia de
artigos/bens aos mesmos agregados familiares, novos problemas. Refiro-me à
acumulação, à desvalorização dos bens, à desresponsabilização e à dependência!
Note-se que não digo que isto é a
regra, mas a verdade é que está a acontecer e, desse modo, é importante que
estejamos atentos e possamos, na verdade, resolver os problemas existentes e
evitar o aparecimento de novos problemas sociais.
Tendo como base todas estas
questões surge a implementação da Loja de Trocas, inaugurada no dia 25 de Maio
na Liga dos Amigos do Bairro dos Penedos Altos, Covilhã. É uma loja que
facilita o acesso/aquisição de bens a famílias/indivíduos em situação de pobreza
e exclusão social e aos associados, através da implementação da própria moeda
social "LAPAS". De forma mais concreta, as famílias/indivíduos em
situação de pobreza e exclusão social em acompanhamento pelo Gabinete de Apoio
Social da Lapa têm direito a um crédito mensal em "Lapas" para
"comprar" os artigos que necessitam (vestuário, calçado, artigos para
casa, brinquedos, entre outros), crédito este que é ponderado mediante o
escalão de necessidade e a composição do agregado familiar, entre outros critérios.
Porém, se eventualmente necessitarem de mais créditos, é possível obtê-los com
a troca de horas de trabalho na instituição.
Pensando na sustentabilidade do
projeto, os associados da instituição com as quotas em dia podem também
adquirir artigos na nossa loja, sendo que para tal podem trocar
"sacos" de roupa por "Lapas" e/ou doar x euros por x
"Lapas", o que lhes irá permitir a aquisição dos artigos na loja de
trocas.
É importante realçar que este
projeto foi desenhado com base na essência do que são as lojas sociais, com uma
fórmula inovadora que visa responder de forma sustentável aos novos desafios e
problemáticas, sensibilizando assim os cidadãos para o valor dos bens,
nomeadamente os bens usados, isto com o intuito de promover uma mudança de mentalidades,
promovendo o aproveitamento e a reutilização dos bens, proporcionando às
famílias/indivíduos uma melhor gestão no orçamento familiar através da
racionalização dos custos e definição das prioridades, atenuando de certa forma
alguns comportamentos consumistas. Consequentemente, este projeto contribui
também para a consciencialização e implementação de boas práticas no âmbito da
responsabilidade social e ambiental.
Em suma, o projeto apresentado é
recente mas permitam-me dizer, o mesmo está a ser um êxito visto que neste
curto espaço de tempo já se verifica uma maior valorização dos artigos, uma
maior responsabilização e, acima de tudo, evidenciam-se mudanças de
comportamento, atitudes e mentalidades no dia-a-doa. Termino deixando o convite
para uma visita a este projeto.
Até breve.
(Informação retirada na Visão
Solidária)
Missão
Objectivos:
Organizar
e executar actividades de tempos livres; b) Apoio a idosos; c) Inserção e
reinserção social; d) Prevenção das toxicodependências; e) Promover a educação
/formação como um direito inalienável da população em geral, entendido como um
instrumento de emancipação que permita promover em permanência o
desenvolvimento pessoal, a coesão cultural e social e a participação cívica; f)
Desenvolvimento local; g) Apoio à Juventude; h) Interculturalidade e Dimensão
Europeia; i) Economia e Empreendorismo Social; j) Elevar a visibilidade das
boas práticas nestes domínios, identificar e debater problemas comuns e
analisar, propor estratégias nacionais, regionais e locais visando o
desenvolvimento da educação/formação da população em geral através de sessões
públicas, seminários e colóquios; k) Estabelecer intercâmbios com associações,
universidades e organismos nacionais ou estrangeiros que prossigam os mesmos
objectivos; l) Contribuir para a criação de condições que garantam o acesso
universal dos cidadãos às tecnologias da informação e da Comunicação; m) Incentivar
o envolvimento da comunidade nacional, regional, ou local na construção da
Sociedade da Informação; n) Promover uma cultura centrada na educação e na
formação ao longo da vida, contribuindo para incrementar e melhorar o acesso à
informação e aos serviços, maximizando e qualificando o emprego e a inclusão
social; o) Promover em conjunto com outras entidades públicas e privadas, a
inclusão das pessoas com necessidades especiais e de grupos socialmente
desfavorecidos; p) Apoio à família;
(Informação
retirada da página de Facebook)
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