Combater este silêncio não é fácil...
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é
uma instituição particular de solidariedade social, pessoa coletiva de
utilidade pública, que tem como objetivo estatutário promover e contribuir para
a informação, proteção e apoio aos cidadãos vítimas de infrações penais.
É, em suma, uma organização sem fins lucrativos e
de voluntariado, que apoia, de forma individualizada, qualificada e humanizada,
vítimas de crimes, através da prestação de serviços gratuitos e confidenciais.
Fundada em 25 de Junho de 1990, é uma instituição de âmbito
nacional, localizando-se a sua sede em Lisboa.
Para a realização do seu objetivo, a APAV propõe-se,
nomeadamente:
» Promover a proteção e o apoio a vítimas de infrações
penais, em particular às mais carenciadas, designadamente através da
informação, do atendimento personalizado e encaminhamento, do apoio moral,
social, jurídico, psicológico e económico;
» Colaborar com as competentes entidades da administração da
justiça, polícias, de segurança social, da saúde, bem como as autarquias
locais, regiões autónomas e outras entidades públicas ou particulares de infrações
penais e respetivas famílias;
» Incentivar e promover a solidariedade social,
designadamente através da formação e gestão de redes de cooperadores
voluntários e do mecenato social, bem como da mediação vítima-infrator e outras
práticas de justiça restaurativa;
» Fomentar e patrocinar a realização de investigação e
estudos sobre os problemas da vítima, para a mais adequada satisfação dos seus
interesses;
» Promover e participar em programas, projetos e ações de
informação e sensibilização da opinião pública;
» Contribuir para a adoção de medidas legislativas,
regulamentares e administrativas, facilitadoras da defesa, proteção e apoio à
vítima de infrações penais, com vista à prevenção dos riscos de
vitimização e atenuação dos seus efeitos;
» Estabelecer contactos com organismos
internacionais e colaborar com entidades que em outros países prosseguem fins
análogos.
VISÃO
A APAV acredita e trabalha para que em Portugal o estatuto da vítima
de crime seja plenamente reconhecido, valorizado e efetivo.
MISSÃO
Apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos,
prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais e
contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas, sociais e privadas
centradas no estatuto da vítima.
TESTEMUNHOS DE VOLUNTÁRIOS
“Os motivos que me levaram a procurar o voluntariado na APAV
foram a necessidade de sentir que estava a ajudar e a contribuir de forma
positiva e activa para a sociedade, ao mesmo tempo que vou adquirindo
experiência na minha área profissional, permitindo-me evoluir e desenvolver-me
como psicólogo.
Foi com grande satisfação que encontrei na APAV uma
equipa que partilha desses sentimentos e ideais e a oportunidade de contribuir
para a resolução de muitas situações complicadas que, de outra forma, não
teriam atenção e auxílio. O trabalho que a APAV desenvolve próximo dos seus
utentes, as vítimas de crime, é de importância extrema, pois na maior
parte dos casos surge como a única entidade ou organismo a prestar auxílio a
estas pessoas numa altura de necessidade.
É também com enorme satisfação que vemos os nossos utentes a
reconstruir as suas vidas, a criar um novo projecto de vida, um
projecto que não inclui vitimação, mas sim bem-estar, auto-realização,
motivação, e uma grande vontade de vencer e ser feliz.
O voluntariado na APAV fez com que eu evoluísse, tanto como ser
humano como profissional, e o trabalho dos voluntários, no dia a
dia, é a força da instituição, e é o que permite à mesma chegar aos seus
utentes, marcar a diferença e mudar vidas para melhor.”
Pedro
Machado
25 Anos
Psicólogo
Voluntário no Gabinete de Apoio à Vítima do Porto
25 Anos
Psicólogo
Voluntário no Gabinete de Apoio à Vítima do Porto
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“Tendo acabado a licenciatura em Educação Social
recentemente decidi, ainda no decurso formativo, escolher uma instituição para
me oferecer como voluntário visando obter uma experiência profissionalizante
que me oferecesse novos conhecimentos, enriquecesse o meu currículo e
satisfizesse a minha necessidade de altruísmo. Encontrei na APAV uma
instituição que, para o seu funcionamento, aposta fortemente num sistema de
voluntariado onde a organização, formação contínua e responsabilização do
voluntário são estratégias presentes. Confesso que, num primeiro momento, foi
esta filosofia da APAV que mais pesou na minha escolha.
A minha experiência tem sido, a vários níveis, bastante
gratificante. Encontrei no Gabinete de Apoio à Vítima de Santarém uma equipa
entusiasmada onde a partilha de conhecimentos se faz de uma forma aberta e
enriquecedora.
Ao longo deste tempo, despertei para a causa da APAV.
Presenciei testemunhos impressionantes nos atendimentos feitos. Histórias de
vidas dilaceradas, como por exemplo na violência doméstica, que mostram
que o ser humano pode, mesmo quando tudo parece desfeito e perdido, reiniciar,
levantar-se, reinventar-se e reconstruir uma nova vida tão ou mais bela que
aquela que já teve.
A vontade das vítimas de porem cobro a sua história de
vitimação é condição sine qua non. Contudo, o contributo dos técnicos é
fundamental nestes processos pois parte deles, por vezes, o impulso para o
desencadear da vontade de mudança das vítimas e/ou denuncia dos casos. Os
Técnicos de Apoio à Vítima oferecem às vítimas o apoio psicológico, jurídico e
social essencial para minimizarem o sentimento de insegurança que uma vítima de
crime sente. Na APAV o voluntário sente-se responsabilizado e, por isso,
valorizado.”
Nuno Godinho
e Cunha
30 Anos
Técnico Superior de Educação Social
Voluntário no Gabinete de Apoio à Vítima de Santarém
30 Anos
Técnico Superior de Educação Social
Voluntário no Gabinete de Apoio à Vítima de Santarém
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“Quando procurei a APAV para exercer voluntariado, sabia de
antemão que não seria uma tarefa fácil, uma vez que o apoio à vítima de
crime contempla algumas especificidades a nível profissional e também pessoal.
Trabalhar nesta instituição não é ficar circunscrito à nossa área de formação,
é conseguir dar respostas de cariz multidisciplinar às necessidades de cada
utente. Foi esta vertente que me entusiasmou a constituir-me como voluntário
desta instituição e gratificação pessoal que obtenho retiro-a sempre que
podemos efectivamente corresponder às expectativas dos utentes que nos
procuram. Paralelamente, o ambiente de partilha e de camaradagem que se
estabelece entre os Técnicos de Apoio à Vítima é também uma mais-valia no
desempenho da minha função. Funcionamos como uma rede coesa onde todos os
esforços confluem em nome do superior interesse da vítima de crime.
O silêncio é o grande cúmplice da vitimação. Muitas vezes, é
um silêncio que anda de mão dada com o medo e com a vergonha. Os
voluntários são uma força importante nos Gabinetes de Apoio à Vítima. O
voluntariado nesta instituição é um trabalho enriquecedor e desafiador a vários
níveis, onde cada história toca de diferentes maneiras e a gratificação
retira-se de cada pequena vitória, do quebrar das barreiras intransponíveis do
silêncio, de cada história partilhada e das diligências efectuadas para apoiar
os nossos utentes. Porque esperas? Está ao alcance de cada um fazer algo.”
Mário
Veloso
23 Anos
Psicólogo
Voluntário no Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra
23 Anos
Psicólogo
Voluntário no Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra
(toda a informação foi retirada do site da associação
www.apav.pt)