Catarina Furtado é atriz,
apresentadora de televisão e embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações
Unidas para a População (UNFPA). Como apresentadora, já trabalhou no canal SIC
e na RTP. Ao longo da sua carreira tem abraçado diversos projectos como atriz
no teatro, cinema e na ficção para televisão. É autora de contos infantis,
documentários para televisão e letras de canções. Desde 2000 exerce a função de
Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).
É Fundadora e Presidente da Associação Corações com Coroa.
Embaixadora de Boa Vontade do
Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) desde 2000, a Catarina realiza
um trabalho de proximidade em diferentes países, nas áreas da Saúde, incluindo
a sexual e reprodutiva, Igualdade de Género, Violência sobre as Mulheres,
Discriminação, Envolvimento Masculino, Mutilação Genital Feminina, Maternidade
Segura, Maternidade/Paternidade Adolescente, Planeamento Familiar, entre
outras.
Em 2012 sentiu necessidade da
fundar a Corações com Coroa, da qual é presidente, uma associação sem fins
lucrativos que tem como objectivo central promover uma cultura de solidariedade
e inclusão sócio-afectiva das pessoas em situações de vulnerabilidade, risco e
pobreza e assim contribuir para que em Portugal se promova e vivencie uma
cultura de Direitos Humanos assente na Não discriminação e Não violência.
É co-autora de três séries
documentais Príncipes do Nada, transmitidas na RTP entre 2005 e 2012 sobre as
temáticas dos Direitos Humanos rumo aos Objectivos de Desenvolvimento do
Milénio. E também dos quatro documentários Dar Vida sem Morrer na Guiné Bissau,
iniciativa que resultou de uma ação promovida junto da RTP com o apoio da
Cooperação Portuguesa e que teve como objectivo a recolha de apoio financeiro
para programas de redução da mortalidade materna e neonatal em três localidades
daquele país.
Em 2010 foi convidada pelo Secretário
Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon para participar como Oradora na Cimeira do
Milénio em Nova Iorque enquanto “Campeã dos ODM” e na Abertura Oficial do Ano
Internacional da Juventude.
Desde 2000 tem sido Oradora
convidada na Apresentação Pública do Relatório sobre o Estado da População
Mundial, na Assembleia da República e Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Ao longo destes anos tem sido
inúmeras vezes convidada a participar em iniciativas de Educação para o
Desenvolvimento, Educação para a Cidadania e Advocacy no Parlamento, Escolas,
Universidades, ONG, Associações de Empresas e tem feito muitas visitas de trabalho
a países em desenvolvimento e participações em reuniões internacionais.
A partir de 2013, a missão de
Catarina Furtado junto do UNFPA e nas temáticas cooperação e educação para o
desenvolvimento, direitos humanos, educação e saúde sexual e reprodutiva,
igualdade de género e outras têm a assessoria técnica da P&D Factor -
Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento.
Enquanto Embaixadora do UNFPA, a
2 de Julho de 2013, a convite da UNECE, é moderadora do painel "Taking
ICPD Beyond 2014: Partnerships and International Cooperation", na
Conferência da Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas: Enabling
Choices - Population Priorities for the 21st Century" que teve lugar no
Palácio das Nações em Genebra.
Entre 11 e 13 de junho de 2014,
desloca-se a Praga para, a convite do UNFPA, ser oradora e moderadora na
conferência "Diálogo sobre população e desenvolvimento: Construir capital
humano com vista à prosperidade na Europa de Leste e Ásia Central” no painel
"Mudar o mundo: investir nas jovens e nas mulheres”.
Em 2014, conjuntamente com a
P&D Factor, Corações com Coroa, OIkos e ASJPAS é um dos rostos da Campanha
"Continuamos à Espera" que, além de várias iniciativas de advocacy,
informação e comunicação relativas à Agenda Pós 2015, recebe em Portugal a
Exposição UNFPA sobre casamentos
infantis "Too young to wed”.
Em Dezembro de 2015, no seu papel
de Embaixadora, recebe, em Lisboa, com a P&D Factor, Instituto Camões, IP e
a Câmara Municipal de Lisboa, os participantes internacionais da iniciativa
UNFPA "Interactive dialogue on ICPD Beyond 2014, and the 2030 Agenda for
Sustainable Development”.
“O que faz uma embaixadora? Usa a voz como um altifalante. É a
porta-voz de quem não tem voz. Não é fazer caridade. É criar estruturas e
projectos que sejam auto-sustentados e que se prolonguem na vida. É partir para
o terreno de países mais desfavorecidos e usar a força mediática para denunciar
determinadas realidades e condições desumanas, em particular no que diz
respeito às mulheres e às crianças. Quando vou à Guiné, São Tomé, Cabo Verde,
Timor, Indonésia, Moçambique, vivo as emoções no local, coloco nos olhos a
realidade que antes apenas lia e ouvia. E quando regresso tento ter a
capacidade de comover tanto os directores de empresas como os portugueses para
as minhas causas. Tem sido uma dura batalha, com o apoio cúmplice de Alice
Frade, da Associação para o Planeamento da Família, e é necessário imensa
imaginação para conseguir resultados positivos.”
"Conquistei o que queria sem saber o que
queria...", entrevista ao Expresso em 2011.